[A vida, o universo e tudo mais] Lizzie Bennet & Mr. Darcy - A Rejeição
Revi por esses dias a webserie que se tornou um fenômeno da internet nos últimos tempos, The Lizzie Bennet Diaries, logo após ter adquirido (finalmente!) meu exemplar de Orgulho e Preconceito de Jane Austen. Aliás, confesso que nem eu mesma entendo o motivo de ter demorado tanto a incluí-lo em minha modesta coleção de livros. Eu já havia emprestado várias vezes nas bibliotecas da vida - escola e faculdade -, lido pelo computador, e emprestado também de uma amiga. Mas apenas há alguns dias, quando fui realizar uma troca de livros no sebo maravilhoso que fica próximo à minha casa, decidi finalmente adquiri-lo e inclui-lo em minha estante.
Bem, como eu disse no início do texto, revi TLBD e preciso dizer que fico impressionada com o quanto essa história escrita há séculos por Jane Austen (publicada pela primeira vez em 1813) não envelhece e, desde que feitas as devidas adaptações e releituras para os tempos modernos, funciona na atualidade. Pode-se afirmar categoricamente que se trata de um romance atemporal. Apesar de a trama ser ambientada no século XIX e versar sobre as convenções sociais da época (como a necessidade do casamento para as mulheres), ainda assim, há formas de retratá-la na contemporaneidade sem que soe retrógrada ou datada. Afinal, fala sobre como o orgulho e o preconceito podem afetar a nossa visão dos fatos e prejudicar nossas impressões dos outros. Algo que, ao que parece, jamais irá mudar. Ainda julgamos muito baseados apenas em primeiras impressões. A hipocrisia da sociedade, a posição ocupada no sistema hierárquico, a desigualdade de classes, as barreiras culturais e econômicas e o papel que a mulher exerce na sociedade, ainda são assuntos muito discutidos hoje. E Jane Austen reveste tudo com um verniz ora romântico, ora irônico.
A relação de Mr. Darcy e Lizzie Bennet inspirou diversas histórias de amor posteriores. A típica narrativa na qual os dois começam se odiando e, no fim, descobrem os seus reais sentimentos acerca um do outro. E ambos os personagens representam bem tanto o orgulho como o preconceito, os sentimentos contraditórios que dão título ao livro.
Antológica, em qualquer que seja a adaptação deste clássico, é a cena em que Lizzie dá um fora em Darcy após este se declarar totalmente apaixonado, mas não sem antes "colocá-la em seu lugar" (como ele acredita), fazendo questão de deixar claro que há grandes obstáculos entre eles, como a "inferioridade do nascimento" de Lizzie em comparação com a "posição superior" que ele ocupa na hierarquia social, bem como a conduta reprovável da família da moça. Mas ele afirma que está disposto a vencer essas barreiras para se casar com ela. Enfim, uma verdadeira afronta que ela devolve com a rejeição ao seu pedido de casamento. Humilhando-o de forma pior do que a que ele acabara de fazer. No livro, na série, nos filmes e, também na webserie, essa cena é sempre incrível.
Abaixo, algumas das mais célebres rejeições de Lizzie ao infame pedido de casamento de Darcy.
Orgulho & Preconceito (minissérie de 1995) "— Senhorita Elizabeth, venho lutando em vão e não mais posso suportar. Estes meses passados têm sido um tormento. Vim a Rosings com o objetivo de vê-la. Tinha que vê-la. Luto contra o meu bom senso, as expectativas da minha família, a inferioridade de seu nascimento, minha posição, e essas circunstâncias, mas estou disposto a colocá-las de lado e peço-lhe para acabar com a minha agonia
— Eu não compreendo...
— Eu a amo. Ardentemente.
(...)
— O senhor seria o último homem do mundo com quem eu poderia ser convencida a me casar".
Orgulho & Preconceito (filme de 2005)
The Lizzie Bennet Diaries (webserie de 2012)
Outras três versões menos famosas:
Orgulho & Preconceito (filme de 1940)
Orgulho & Preconceito (filme de 1980)
Bride and Prejudice (filme de 2004)
juro que vou ler o livro,mas já assisti a versão indiana que se chama noiva e preconceito muito legal por sinal, só falta você ler os livros que eu te indiquei.
ResponderExcluirhttp://blogradioactive.blogspot.com.br/
Eu não assisti a versão indiana ainda, mas parece legal. Leia o livro, você vai amar. E, sim, vou recomeçar White Cat hahaha! Obrigada pelo comentário, Lilly!
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