E o povo elegeu o ódio para representá-lo...
Quando a Copa do Mundo acabou, muitos disseram que havia chegado ao fim a Copa das Copas. Um exagero, claro. Mas, de fato, havia chegado ao fim a Copa da diversão, dos memes, da criatividade difundida nas redes sociais. Como eu disse no texto mais lido deste pequeno blog, a Copa das zoeras, do "incomparável humor brasileiro".
A Copa passou e chegou o momento de se preocupar com quem iria governar o país. No começo deu gosto de ver o quanto o povo estava participando, se empenhando em apresentar argumentos válidos e consistentes, defendendo seus pontos de vista - já antecipando que esta seria a eleição presidencial mais disputada da história desde 1989... Até o momento em que as pessoas se renderam ao fanatismo cego e passaram não só a defender com unhas e dentes partidos e candidatos como se eles fossem santos, como a insultar quem ousasse discordar, quem desse uma opinião contrária.
Radicalismos, de qualquer espécie, nos tornam ignorantes. Extremismo nos torna cegos. Só aceitamos as nossas verdades; fazemos vista grossa e fechamos os olhos para qualquer aspecto negativo; passamos a acreditar naquilo que queremos acreditar, mesmo que se tratem de rumores infundados, inverdades, flagrantes mentiras.
Radicalismos, de qualquer espécie, nos tornam ignorantes. Extremismo nos torna cegos. Só aceitamos as nossas verdades; fazemos vista grossa e fechamos os olhos para qualquer aspecto negativo; passamos a acreditar naquilo que queremos acreditar, mesmo que se tratem de rumores infundados, inverdades, flagrantes mentiras.
Portanto, é com alívio que digo que chegaram ao fim as Eleições do preconceito, da arrogância, da intolerância, da misoginia, do culto ao ódio, da xenofobia, da homofobia. Acabou a Eleição da falta de respeito e de educação, dos insultos, da agressividade, das ofensas aos amigos, aos próximos, aos familiares.
Bem, será que acabou mesmo?
Bem, será que acabou mesmo?
Às pessoas que tanto clamaram por mudanças, digo apenas que não adianta e jamais irá adiantar mudar o presidente se o povo não muda, se permanece com a mesma mentalidade mesquinha, retrógrada e arrogante. Se as pessoas não reveem seus conceitos e não fazem um mínimo de esforço em deixar a ignorância de lado, o país não anda pra frente. Muito pelo contrário, só retrocede.
A principal mudança deve partir de nós. A mudança no país começa com a nossa mudança de atitude. Enquanto não aprendermos a respeitar e aceitar que nem todas as pessoas pensam como nós, reeleger ou eleger um novo presidente não fará grande diferença.
Um breve resumo das Eleições 2014 |
Fica o desejo de que, numa próxima, tenhamos mais maturidade e respeito para lidar com as opiniões contrárias às nossas sem partir para a baixaria que dominou as redes sociais nos últimos meses, sem partir para a agressividade. Não há debate quando não há tolerância e educação. Não há discussão de ideias quando, ao invés de se recorrer a argumentos, recorremos a insultos e provocações.
Aceitemos as opiniões divergentes. Desejemos aos nossos amigos um bom voto. Que tenhamos em mente que cada um vota em quem quiser. O nosso dever é respeitar as escolhas dos outros e é nosso direito exigir respeito às nossas escolhas também.
Temos que dar e ser o exemplo. Reclamar de corrupção ao mesmo tempo em que nos mostramos xenófobos e racistas, nos torna hipócritas. Xenofobia e racismo são crimes assim como corrupção. Não adianta pedir por igualdade e um Brasil melhor quando nós mesmos não respeitamos o nosso próximo. Não adianta reclamar da educação no país se nós somos mal-educados nas redes sociais e no dia-a-dia, se não vemos problema nenhum em agir como perfeitos ignorantes.
Liberdade de expressão é uma coisa. Intolerância é outra bem diferente. Discurso de ódio não é opinião.
Que nossa amizade e respeito estejam acima de ideologias políticas.
Que nossa amizade e respeito estejam acima de ideologias políticas.
Para evoluir como eleitores, precisamos primeiramente evoluir como seres humanos.
Nós somos a mudança.
*Salut*
Nós somos a mudança.
*Salut*
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